Comitê de Defesa Popular de Dourados repudia continuidade de intervenção na UFGD
O
Comitê de Defesa Popular de Dourados vem a público manifestar repúdio à
continuidade da intervenção federal na Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD) e a não nomeação do candidato eleito democraticamente como reitor, professor
Etienne Biasotto e como vice-reitora, a professora Claudia Lima. No dia 8 de
fevereiro de 2021, uma portaria do Ministério da Educação substituiu a
interventora, professora Mirlene Ferreira Macedo Damázio, pelo professor Lino
Sanabria, novo interventor.
Desde
junho de 2019 a UFGD está sob uma intervenção autoritária, que desrespeita a
escolha legítima da comunidade acadêmica. Com a nova nomeação de um
interventor, que não faz parte da lista tríplice, o golpe contra a instituição
se aprofunda.
O
Governo Bolsonaro sistematicamente violenta a democracia no interior das
universidades nomeando seus aliados como reitores através de articulações
locais que o apoiam e atendem seus interesses.
O
autoritarismo expresso por esta intervenção ficou marcado pela defesa do
reingresso de fraudadores de cotas raciais, como também total desrespeito às
instancias deliberativas e coletivas da universidade, para além de perseguição
política, e uma gestão desastrosa dos impactos da pandemia de Covid-19 nas
atividades acadêmicas.
A
UFGD é importante instrumento de desenvolvimento Regional e para tal,
salientamos a importância de uma universidade AUTONOMA e DEMOCRÁTICA para o fortalecimento
da Ciência, da Pesquisa, do Ensino e da Extensão, assim como na promoção da
cultura de nosso estado.
Assim,
as entidades e movimentos que compõem o Comitê de Defesa Popular de Dourados
repudiam a continuidade da intervenção na UFGD e permanecem na luta pela
democracia no ensino público e pelo fim das intervenções que já atingem mais de
20 instituições por todo o país.
Dourados
– MS, 10 de fevereiro de 2021.
Foto: Vinicius Araújo/Dourados News |
Comentários
Postar um comentário