PRESIDENTE VENCE O PRIMEIRO ROUND APÓS O PEDIDO DE IMPEACHMENT PELA CÂMARA.
O primeiro round das ruas, após o pedido de impeachment ser
aberto na Câmara, foi de vitória para a presidente Dilma Rousseff e para a
democracia.
Um dos líderes do MST, Gilmar Mauro afirmou que o ato deve
"colocar uma pá de cal" no impeachment e que o próximo passo será
cobrar da presidente a discussão das "pautas dos trabalhadores".
Já o coordenador-geral da Central de Movimentos Sociais,
Raimundo Bonfim disse que a reunião é uma oportunidade para Dilma
"entender quem é que está com ela".
Foto: site www.brasil247.com |
As manifestações desta quarta-feira (16) em defesa da
democracia, contra o golpe e pela deposição do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), que ocorreram em todo o país, foram mais fortes e reuniram
mais pessoas do que os atos pró-impeachment que aconteceram no último domingo
(13). Para se ter uma ideia, em São Paulo, mais de 55 mil pessoas se
manifestaram contra o golpe, de acordo com o Datafolha. O número supera os
manifestantes do ato de domingo, que reuniu 40 mil, segundo o mesmo instituto.
São Paulo
|
Campo Grande MS
|
Coordenador do MTST, Guilherme Boulos afirmou que "esse
impeachment é uma saída à direita para a crise" e também disparou contra o
vice-presidente, Michel Temer: "Quer escrever carta, vai trabalhar nos
Correios", atacou, em referência à carta enviada a Dilma no último dia 7.
O movimento também uniu a esquerda contra o golpe da
oposição: “Existem três bandeiras que unificam a esquerda e estamos nas
ruas por elas. Hoje marca o início de uma nova situação no país. Os movimentos
precisam se organizar para lutar”, disse Jorge Paz, candidato a vice-presidente
na última eleição na chapa encabeçada por Luciana Genro, do PSOL; as três
bandeiras a que ele se refere são o “não vai ter golpe”, o “fora Cunha” e o
“fim do ajuste fiscal”.
Em outros Estados, os números também foram representativos:
No Rio, a CUT divulgou que por volta das 18h calculava em 6 mil
os manifestantes reunidos na Cinelândia. A Polícia Militar não divulgou números
em relação à presença de manifestantes. Na terça-feira da semana passada (8),
cerca de cinco mil pessoas participaram de um protesto contra a proposta de
impeachment no Rio. O movimento foi batizado de “Compromisso pelo
desenvolvimento”.
Em Brasília, a Polícia Militar estimou a presença de 3 mil
pessoas. Os organizadores falavam em 15 mil.
Em Manaus, a caminhada teve início por volta de 17h (19h
Brasília) e encerrou às 19h (21h Brasília). Representantes de cerca de 20
entidades sindicais caminharam da Avenida Getúlio Vargas até a Avenida Eduardo
Ribeiro, no Centro da capital. Os organizadores divulgaram um total de dois mil
participantes, mas a PM-AM informou que o número foi de aproximadamente mil
manifestantes.
Em Natal (RN), o ato a favor do governo Dilma Rousseff, segundo
os organizadores do evento, reuniu 10 mil pessoas. A Polícia Militar estimou em
8 mil pessoas.
Em Aracaju (SE), cerca de 4 mil pessoas, segundo a Central Única
dos Trabalhadores (CUT), participaram do Dia de Mobilização Nacional Contra o
Golpe e pelo Fora Cunha. No ato de domingo, foram cerca de 500 pessoas.
Em Vitória (ES), a manifestação contra o impeachment reunia 200
pessoas no centro no fim da tarde. O número foi contabilizado pela Polícia
Militar no início do ato, na Praça Oito. A PM não tinha os números finais da
manifestação. Os organizadores falavam em 1,5 mil pessoas.
Em Campo Grande (MS), foram mais de 2
mil manifestantes, segunda a Frente Brasil do MS que organizou o Ato junto com diversos partidos e entidades.
Em
Fortaleza (CE), quatro mil manifestantes, segundo os organizadores, e 1,5 mil
conforme a PM, saíram pelas ruas centrais no movimento "Fica Dilma e Fora
Cunha".
Fonte www.brasil247.com
Fonte www.brasil247.com
Comentários
Postar um comentário