DA CPI DO CIMI AO BOICOTE
Duas Comissões Parlamentares de Inquérito – a do Cimi e a do Genocídio – trouxeram de vez para o Palácio Guaicurus, sede da Assembleia Legislativa, um dos rastilhos mais inflamáveis do explosivo cenário de disputas fundiárias em Mato Grosso do Sul. Os dois colegiados caminham numa rota de colisão, desenhada na temperatura de ânimos que se eleva a cada debate em plenário ou nas sessões de depoimentos. Instaurada por iniciativa da deputada Mara Caseiro (PTdoB) e membros da bancada ruralista (Zé Teixeira, do DEM, e Paulo Corrêa, do PR), a CPI que investiga o apoio do Conselho Indigenista Missionário aos povos indígenas é por enquanto a única que já realizou sessões de depoimentos. Foram três, com nove depoentes, a maioria com declarações que responsabilizam o Cimi. Em todas estas sessões e nos debates recentes houve incidentes e troca de agressões verbais e até empurrões, dentro e fora do plenário. No dia 24 de setembro, durante manifestação de entidades que criticavam a CPI do Cim...