FEIJÃO SELA PARCERIA ENTRE MST E A VENEZUELA

 
Numa parceria com a Venezuela o MST através do Projeto do Assentamento Itamarati situado na divisa com Ponta Porã-MS, enviou 500 toneladas de sementes de feijão preto, produzido pelo próprios assentados. O navio cargueiro saiu na quarta-feira (31-10-2012) com destino a Venezuela, onde o governo irá distribuir aos agricultores familiares daquele país e desta forma iniciar o plantio de feijão, coisa não muito tradicional nesta região.

Para o MST, as vantagens foram boas, uma vez que se fossemos comercializar o produto no Brasil, o valor não seria tão atrativo como foi o de comercializar com nosso país vizinho.  “Os preços lá fora são melhores, em relação ao mercado interno” Palavras de Ronaldo Pucci, presidente da Copaceres, Cooperativa Agroindustrial Ceres, instalada dentro do assentamento no extremo sul do Estado do MS. Outra vantagem foi a experiência de exportar um produto originário da agricultura familiar.
Fonte: Comitê de Defesa Popular  
 Novo carregamento:
Já está sendo negociada a exportação de um novo carregamento de mais 500 toneladas do mesmo produto, que é chamado pelos venezuelanos de “caraota negra”.
Segundo os técnicos do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), que coordenou todos os passos da comercialização, a possibilidade de manter as exportações com a Venezuela é bem provável. De acordo com os técnicos, o MST está conversando sobre negócios.
“A Venezuela não é um país tradicionalmente agrícola, precisa de tudo sobre agricultura e o governo está empenhado em acelerar o programa de soberania alimentar”, afirmam.
Para o associado da Copaceres, Jusceli Santos, “não foi pouco o trabalho para chegar a esse nível comercial.
O MST ficou dois anos orientando os venezuelanos sobre a produção de feijão preto. Existe aí também a grande força da Embrapa-Dourados fornecendo a garantia das sementes orgânicas, apoio estratégico para a cooperativa.
O Incra/MS foi fundamentalmente importante, com o apoio logístico e procedimentos legais, para instalação da sede”, disse.
Segundo o superintendente do Incra/MS, Celso Cestaria, as próximas exportações do Assentamento Itamarati serão menos trabalhosas. Um dos recursos é a recuperação dos armazéns e outros meios para o preparo, embalagem e transportes, da antiga Fazenda Itamarati – que foi um dos pontos brasileiros de maior exportação individual de soja no mundo.(MDA)
Fonte: www.douradosagora.com.br

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