DOURADOS MS, O GRITO DOS EXCLUIDOS FOI POR MELHORIAS NA EDUCAÇÃO

O movimento Grito dos Excluídos encerrou o desfile de 7 de Setembro, em Dourados. Liderados pelo Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted), cerca de 300 pessoas protestaram na Avenida Marcelino Pires. Com carro de som, eles cobraram mais investimento na saúde, na educação e reivindicaram igualdade social. Eles pararam em frente ao palanque, onde estavam autoridades políticas e membros da sociedade organizada, e cobraram a importância do voto consciente.
Um ano depois do primeiro Grito, na 34ª Assembleia Geral da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil), em Itaici-SP, quando se discutia a entrada da mobilização no calendário oficial da CNBB, muitos bispos discordaram do nome “Grito”. Achavam mais adequado “Clamor”. Mas Dom Eduardo Koaik, bispo emérito de Piracicaba-SP, falou: “Meu irmão, Jesus na cruz não de um clamor, deu um grande grito!”. Daí foi um aplauso geral, e estava aprovada a continuidade do Grito dos/as Excluídos/as.
E de lá para cá o Grito cresceu, e já fazem 18 anos, e se define como um conjunto de manifestações realizadas ao redor do 07 de setembro, Dia da Pátria, para chamar atenção da sociedade para as causas e conseqüências da exclusão social. O Grito dos/as Excluídos/as não é um movimento nem uma campanha, mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos e excluídas, junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem á luz o protesto oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças. Neste ano de 2012, em que se comemora o 18º Grito dos Excluídos, os Movimentos Populares Organizados saem novamente às ruas como lema: Queremos um Estado a Serviço da Nação, Que Garanta Direitos a Toda População!
Diante da conjuntura atual, com uma articulação maior junto aos movimentos Populares, foi construído um processo de mobilização com o objetivo de explicitar a luta por políticas estruturantes em nosso Município, Estado e Pais, dentre elas: A luta por uma Educação de qualidade, por um sistema de saúde publico de qualidade para todos, pela não privatização dos bens públicos, pela reforma agrária, por mais moradias, por uma política de segurança publica, pelo respeito aos povos indígenas e negros, pela não criminalização da pobreza e dos movimentos Populares, pela ética na política, contra a corrupção, e tantos outras questões da conjunturais.
O Grito dos Excluídos em Dourados é uma articulação do Comitê de Defesa Popular (fórum de entidades populares) no qual congregam entidades Sindicatos de Trabalhadores, Associações, Movimentos Populares Indígenas, Negros, Mulheres e outras tantas que tem como finalidade: apoiar, e ser solidário na busca da qualidade da vida para todos, na defesa dos direitos humanos e no resgate da cidadania, dando visibilidade a luta da classe trabalhadora.
Neste processo de 18 anos de existência, muitos movimentos e organizações já passaram por este espaço dando contribuições significativas. Portanto, neste dia onde todos os brasileiros comemoram a Independência do Brasil,reafirmamos a nossa condição enquanto categorias de classes organizadas nas ruas de Dourados, que somente com a participação de todos é que daremos legitimidade para reafirmar o País que queremos construir.

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