VETA DILMA O NOVO FLORESTAL, FORA COM AS IMPOSIÇÕES DOS RURALISTAS

A campanha internacional que pede o veto total da presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que altera o Código Florestal brasileiro já tem a adesão de 1,3 milhão de internautas de todo mundo. O número de assinaturas vem crescendo em um momento em que se aproxima a definição da questão.
Clique aqui para assinar também http://www.avaaz.org/po/brasil_veta_dilma/?sbc O substitutivo ao Projeto de Lei 1876, de 1999, foi aprovado no último dia 25 de abril e chegou nesta semana ao Palácio do Planalto. Agora, Dilma tem até o próximo dia 25 para definir se veta a matéria total ou parcialmente. Ministros já adiantaram que o texto tal como aprovado pela Câmara não será sancionado. O Executivo gostaria que tivesse sido aprovado pelos deputados o texto enviado pelo Senado, mas a bancada de representantes do agronegócio promoveu uma série de alterações sem o consentimento presidencial. Para os organizadores do abaixo-assinado, incentivado por organizações socioambientais, trata-se de uma lei que dá aos madeireiros e fazendeiros carta branca para desmatar. "O universo está conspirando a nosso favor. Em algumas semanas Dilma será anfitriã da maior conferência ambiental do mundo. Informantes nos disseram que ela não pode pagar o preço de ser considerada a líder que aprovou a devastação da Amazônia", diz a página na internet. É uma referência à Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho na capital fluminense. O encontro, que deve atrair dezenas de chefes de Estado, tem a expectativa de fechar uma agenda de sustentabilidade para a economia mundial. Na terça-feira (8), o presidente eleito da França, François Hollande, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmaram em conversa telefônica com a presidenta que comparecerão ao debate no Rio. Fonte: Rede Brasil Atual
Bancada Ruralista impõe Código Florestal. A Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra, CPT, diante da aprovação pela Câmara dos Deputados, do assim chamado Novo Código Florestal, quer se juntar ao coro de milhões de brasileiros para manifestar sua indignação diante da imposição da vontade da bancada ruralista sobre a nação brasileira, colocando em risco, como advertiram numerosos cientistas, o próprio futuro do nosso país. Na verdade é muito difícil entender como uma população rural que, segundo o último censo de 2010, representa somente 16% do total da população brasileira, esteja tão super representada na Câmara dos Deputados, já que a Frente Parlamentar da Agropecuária é composta, segundo seu próprio site, por 268 deputados, 52,24% dos 513 deputados eleitos. Para fazerem valer suas propostas, os ruralistas se escondem atrás do discurso da defesa da pequena propriedade, quando é de clareza meridiana que o que está em jogo são os interesses do agronegócio, dos médios e grandes proprietários. Estes, segundo o Censo Agropecuário de 2006, ocupam apenas 9,12% dos estabelecimentos rurais com mais de 100 hectares e juntos somam 473.817 estabelecimentos que, no entanto, ocupam 78,58% do total das áreas.Mesmo assim, a bancada ruralista e seus seguidores ainda ousam dizer que a oposição ao que eles votaram vem de uma minoria de ambientalistas radicais. Muito corretamente falou o professor titular de Economia da PUC de São Paulo, Ladislau Dowbor: “É preciso resgatar a dimensão pública do Estado.
O Congresso tem a bancada das montadoras, a das empreiteiras, a dos produtores rurais, mas não tem a bancada do cidadão!”.A Comissão Pastoral da Terra espera que a presidenta Dilma honre a palavra dada ainda na campanha eleitoral de não aceitar retrocessos na lei florestal, comprometendo-se a vetar os pontos que representassem anistia para os desmatadores ilegais e a redução de áreas de reserva legal e preservação permanente. Espera que a presidenta não compactue com a imposição da bancada ruralista e vete este texto. A natureza e o Brasil vão agradecer. A Coordenação Nacional da CPTMaiores Informações:Cristiane Passos (Assessoria de Comunicação da CPT Nacional) – (62) 4008-6406 / 8111-2890Antônio Canuto (Assessoria de Comunicação da CPT Nacional) – (62) 4008-6412www.cptnacional.org.br

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