JOÃO PEDRO STÉDILE FAZ ABERTURA DO III ENCONTRO ESTADUAL DO MST/MS


O Coordenador do Comitê de Popular Ronaldo Ferreira, esteve presente na abertura do Encontro Estadual do MST do Mato Grosso do Sul neste dia 20 de julho onde aconteceu de forma bastante festiva. O Encontro esta sendo realizado dentro de um dos maiores projeto de Assentamento Agrário do Brasil, o Assentamento Itamarati I e II.
Esteve presente na abertura João Pedro Stédile um dos lideres maiores da Reforma Agrária no Brasil, para falar sobre Conjuntura Política. Ao fazer a abertura do evento, ele disse que não há lugar melhor para se debater Reforma Agrária e Conjuntura Política, se não aqui, nessas que foram terras que pertenceram a um dos maiores latifundiários do Brasil, a antiga Fazenda Itamarati. Uma das maiores fazendas produtoras de soja mundo, num passado recente. Stédile começou dizendo que o agronegócio no Brasil tomou proporção assustadora, mas nada que venha tremer as bases da agricultura familiar que vem crescendo junto com o processo de distribuição de terras destinadas a assentamento rural e familiar no Brasil. Sabemos que no mundo as multinacionais, como a Monsanto, Bungue, Cargil e outras estão monopolizando cada vez mais a agricultura de comodittes, ou seja, a soja, trigo, milho, cana de açúcar e também a produção de eucalipto. As multinacionais, através das sementes modificada geneticamente, chamada popularmente de “Sementes Transgênicas”, estão controlando cada vez mais a produção mundial fazendo da agricultura um balcão de negócios, chamado Agro Business. O mundo esta precisando mesmo, é de mais alimentos, como o feijão, arroz, carnes diversas, leite e outros derivados que são produzidos na sua maioria pela Agricultura Familiar, e disso nos entendemos, disse Stedilé. O que se percebe diante desta conjuntura econômica agrícola, é que os detentores do agronegócio não estão preocupados em produzir em grande escala este tipo de alimentos, simplesmente, porque não dão grandes retornos em dólares e até porque ainda não conseguiram mecanismo para controlar este tipo de mercado, como fazem com a soja. Podemos perceber que o agronegócio no futuro poderá estar dando um tiro no próprio pé, devido à forma como estão sendo feito o manejo e comercialização destes produtos geneticamente modificados. O mundo já esta começando a enxergar com diferenças as produções advindas das sementes geneticamente modificadas, principalmente os países da Europa. Segundo Stedilé, a população brasileira e os movimentos sociais precisam ficar mais atentos aos debates que estão acontecendo no Brasil, principalmente os que envolvem a política agrária. Citamos por exemplo o Projeto do Novo Código Florestal que esta sendo debatido no Congresso Nacional, e que envolve toda uma questão ambiental, que infelizmente priorizará ainda mais a degradação do nosso meio ambiental em detrimento da expansão do agronegócio, ou seja, e o grande capital novamente tomando as rédeas do debate. A maioria das mídias no Brasil como sempre deram grandes espaços para agronegócio e para o grande capital, neste caso especificamente para mostrar que o projeto será benéfico para toda a sociedade, o que é uma grande mentira. Enquanto os representantes no Congresso Nacional composto por maioria eleita pelo povo votam em projetos como este do Novo Código Florestal puramente de interesse do Agronegocio, os movimentos sociais ficam estagnados fazendo um movimento aqui outra lá sem muita ação, e pior, toda sociedade fica hipnotizada pela tela da teve onde novamente as grandes mídias através de quatro emissoras controlam o que vai ao ar nas programações diárias, dando pouco o quase nada de espaço aos movimentos de classe expor suas opiniões. Exemplo recente do que estamos dizendo foi à manifestação de mais de 30 mil operários das fabricadas de automóveis no grande ABC que paralisaram as vias de acesso os aos portos marítimos em protesto a grande volume de produtos vindos de outros paises, deixando de criar empregos aqui no Brasil e valorizar os nossos produtos. Isso só acontece porque a comunicação infelizmente ainda está na mão destes que querem controlar o país de forma a priorizar o grande capital não levando em conta uma política justa de distribuição de renda que seria mais coerente para o nosso povo. Temos por sorte um Governo Federal de ideologia esquerda que serve como mediador deste grande embate, se não fosse isto, já estaríamos perdendo este jogo à muito tempo, finalizou Stédile.

Ronaldo Ferreira
(Coordenador do Comitê de Defesa Popular- Dourados MS)

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