ESTA COMPROVADO QUE A TERCEIRIZAÇÃO SO PRECARIZA A MÃO DE OBRA


Para as Centrais Sindicais os projetos que mexem com a terceirização tem que ser amplamente debatido "é necessário realizar um amplo diálogo social sobre o modelo de desenvolvimento econômico e social que nós queremos para o Brasil, antes de apressar a aprovação de um projeto de terceirização que pode trazer enormes prejuízos para a classe trabalhadora". Um dos principais aspectos do debate que precisa ser feito é a questão da impessoalidade e subordinação direta do empregado terceirizado com a empresa tomadora. "Se tem relação direta de hierarquia, comando, está provado que se trata de atividade-fim. No Brasil, a terceirização é usada para reduzir e precarizar postos de trabalho, diminuir a remuneração e os benefícios dos trabalhadores, aumentar a jornada e reduzir de forma fraudulenta os custos das empresas que demitem trabalhadores e os recontratam como terceirizados".
O questionamento que fazemos é: Que tipo de modelo se pretende para o futuro do país? Um modelo que distribui renda, com democracia social e econômica, ou um modelo concentrador de renda?".

Para a CUT, a maioria da população é constituída por trabalhadores e o projeto apresentado pelo Deputado Sandro Mabel (empresário) coloca em xeque o próprio valor do trabalho. "Se o trabalho é relegado à terceira categoria, a sociedade também será relegada à terceira categoria. O país vem apresentando crescimento econômico e batendo recordes de geração de emprego. O que queremos é mais e melhores postos de trabalho", enfatizou o representante da CUT nacional.

Como objeto da audiência pública da Comissão Especial sobre a Regulamentação do Trabalho Terceirizado, na realizada Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (15/06) a CUT usou uma pesquisa do Dieese para provar como a terceirização age na precarização do trabalho. Segundo o estudo, o trabalhador de empresa contratante recebe em média um salário de R$ 1.444, enquanto que o de uma empresa terceirizada é de R$ 799. Portanto, o trabalhador de empresa terceirizada recebe 55% menos, inclusive com jornadas maiores de trabalho. Além disso, 46% destes trabalhadores não recolhem para a Previdência Social, 34% são jovens e 40% são mulheres.

Já o representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou pesquisa revelando que a maior parte dos empresários apontou o fator redução de custos como principal motivo para optar pela terceirização. "Todo o discurso que tenta justificar a terceirização, como sendo a melhor opção para a especialização do serviço, foi comprovado como balela pelo próprio setor patronal", afirmou o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT (Confederação Nacional do Bancários), Miguel Pereira, que participou da audiência.

Para as Centrais o desafio é construir uma regulamentação que incorpore as mudanças já consolidadas no mercado de trabalho e revertam a precarização resultante do processo de terceirização.

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