PREFEITO PRESO POR DESVIO DE DINHEIRO DA SAÚDE


DOURADOS – O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) confirmou ontem que o pedido da Polícia Federal de prisão preventiva contra o prefeito Ari Artuzi, que está preso em Campo Grande, foi acatado. Ele é acusado de chefiar um esquema de fraudes em licitações.
Artuzi tem foro privilegiado em razão do cargo. Ele foi preso com um mandado de prisão temporária expedido também pelo Tribunal de Justiça e que expiraria neste domingo. Agora com preventiva, Artuzi vai precisar de uma nova ordem judicial para deixar a cela que ocupa na 3ª Delegacia de Polícia, de Campo Grande, para onde foi transferido no mesmo dia de sua prisão em Dourados. Segundo o TJ, a prisão preventiva foi decretara para assegurar a ordem pública e a instrução criminal do processo.
Ontem, de dentro da cela, o prefeito decretou ponto facultativo nas repartições públicas municipais de Dourados na próxima segunda-feira, além de assinar documentos, cheques e a ordem de pagamento dos 6,9 mil servidores públicos da Prefeitura de Dourados, no valor de aproximadamente de R$ 7 milhões.
Outras treze pessoas presas na Operação Uragano, acusadas de envolvimento no esquema de corrupção, deverão permanecer presas preventivamente, na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac) e no Presídio Semiaberto Feminino, de Dourados. (Veja a lista com os nomes das pessoas que permanecem presas)
O Ministério Público Estadual (MPE) também vai ingressar no TJ/MS com pedido de intervenção no município de Dourados. O pedido deve ser feito na próxima quarta-feira, segundo o procurador-chefe do órgão, Paulo Alberto de Oliveira, que ontem pela manhã, concedeu entrevista no MPE.
O órgão fez um pedido para que o presidente do Fórum de Dourados, Eduardo Machado Rocha, assuma a Prefeitura de Dourados para um mandato interino. O procurador aguarda a decisão do TJ sobre o pedido para o juiz assumir a Prefeitura, com o objetivo de chegar à intervenção da Prefeitura quanto antes.
Caso seja aceita, o governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), deverá nomear um interventor. Durante a entrevista coletiva, Oliveira disse ainda que a situação de Dourados é tão excepcional que "não encontra solução na Lei Orgânica do município". O MPE tem tratado o caso com base em analogias com a Constituição Federal.
Além de Artuzi, permanecem presos a primeira-dama Maria Aparecida de Freitas Artuzi, o vice-prefeito Carlinhos Cantor, o presidente da Câmara de Vereadores, Sidley Alves, o procurador jurídico do município, Alziro Moreno, Edvaldo Moreira (vereador), Humberto Teixeira Júnior (vereador), a secretária de Administração Tatiane Cristina da Silva Moreno, a secretária de Finanças Ignez da Silva Boschetti Medeiros, o secretário de Serviços Urbanos Claudio Marcelo Machado Hall, o secretário de Obras Dilson Cândido de Sá, Carlos Gilberto Recalde, Elton Olinski Farias e o proprietário da Construtora Financial, Antônio Fernando de Araújo Garcia. O engenheiro Carlos Felipe, que estava foragido, se apresentou ontem pela manhã, numa delegacia de Campo Grande.
Fonte Jornal o Progresso

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