“UM GOLPE CONTRA O MEIO AMBIENTE”


NOTA DE REPUDIO

Dourados-MS 11 de Junho de 2010
O Comitê Regional de Defesa Popular, fórum formado por entidades populares organizadas, entre elas sindicatos, movimentos populares, associações, ONGs, que juntas a mais 20 anos de existência em Dourados, unificaram suas forças em defesa das causas comuns e por uma sociedade mais justa e democrática, vem a público repudiar atitudes que fazem mal ao nosso meio ambiente.
A humanidade está enfrentando uma grave crise. Uma crise de aumento dos níveis de poluição na atmosfera oriundos desse modelo de industrialização, modelo esse que está afetando a sobrevivência de diversas espécies vegetais e animais. Um processo evolutivo e permanente de aquecimento climático e de degradação ambiental, que pode alterar completamente a vida em nosso planeta.
Neste mesmo ritmo, o país vem enfrentando a onda do imperialismo verde, mantidos muitas vezes pelo capital estrangeiro e potencial introdução da indústria do etanol, que através de seus detentores querem a todo custo sufocar movimentos sociais populares, sindicatos de trabalhadores, controlarem os meios políticos e econômicos, para assim facilitar a sua expansão.
No ano de 2007 a sociedade douradense passou por esta experiência. As indústrias sucroalcooleiras aliados a alguns vereadores tentaram derrubar um projeto ou no mínimo estende-lo para 20 anos, apresentado pelo ex-vereador Elias Ishy, que proibia a queima da palha da cana e a instalação de Usinas de Álcool próximo ao perímetro urbano de Dourados.
A sociedade se mobilizou, fez o enfrentamento e conseguiu fazer com que o projeto fosse analisado, permitindo a queima por dois anos, onde o prazo termina neste ano de 2010.
Passado se dois anos o projeto volta à tona com uma emenda de alteração apresentada pelo vereador Paulo Henrique Bambu (DEM) a pedido dos usineiros, prorrogar por mais um ano as queima da palha em Dourados.
O projeto foi colocado em pauta, votando contra os vereadores Carlos Cimatti e Sidlei Alves, alertando os companheiros do risco que eles estariam correndo se votassem a favor da alteração de um projeto que já havia sido polemico em outras épocas, e o que é pior, sem um debate democrático com sociedade.
Após a sua aprovação pelos vereadores o projeto foi encaminhado para o executivo sancionar ou vetar, infelizmente o prefeito Ari Artuzi não teve a coragem nem de vetar e nem de sancionar a alteração da lei, deixando para o legislativo (Sidlei Alves) tomar a decisão como presidente da Câmara de Vereadores.
O Presidente da Câmara de Vereadores Sidlei Alves, segundo regimento interno terá que sancionar a alteração da lei ou derrubá-la na integra criando-se uma nova lei, para não cair na improbidade administrativa.
Diante destes fatos, para Comitê Regional de Defesa Popular não restará alternativa, a não ser, a de “desmascarar” aqueles representantes públicos eleitos pelo povo que se posicionaram na “surdina” e contrário a preservação ambiental no nosso município em plena semana mundial do meio ambiente.

COMITE REGIONAL DE DEFESA POPULAR

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